Era uma vez um garoto desastrado, um garoto diferente, que não ligava para o mundo a sua volta, que parecia ter parado no tempo, ele ignorava todos os problemas, e se fechava em seu mundo, um mundo de amores verdadeiros, de contos de fada, onde ele era o príncipe encantado, um príncipe que tinha todo o reino a sua disposição e era feliz naquele mundo de uma só pessoa.
Esse garoto foi crescendo, e consigo seu mundo cresceu, novas histórias para serem contadas, novos dramas a serem chorados, e novas alegrias para serem “sorridas”. Esse garoto agora se relacionava mais fora do seu mundo, mas nunca o abandonara, era sua válvula de escape.
Um dia o garoto quis fazer do mundo o SEU mundo, e como se realmente fosse capaz de tudo, começou a tentar coisas que eram julgadas como loucura, e descobriu que assim poderia fazer o que quisesse, sem ter que apenas imaginar.
A partir de agora ele era diferente, era notado, sabia falar, ouvir, sabia fazer tudo o que fizera nesses anos em seu mundo, no “seu” novo mundo ele amou, sorriu, chorou.
Conheceu pessoas, se magoou, teve amigos eternos, viu a eternidade se acabar em questão de segundos.
Viveu em bares, igrejas, praças, abusou do álcool, friamente usou outros pessoas, e um dia se trancou novamente em seu mundo.
Então como precisava continuar vivendo no mundo, embora não quisesse, criou uma máscara, que interagia com todos, que mostrava o que ele fora um dia.
Mas um dia essa máscara encontrou uma garota, uma garota que conseguiu tirar a essência do garoto de dentro de seu mundo durante algum tempo.
Uma garota que o fez sorrir, chorar, amar, temer.
Um dia esse garoto sentiu que não poderia cuidar dela, e sentiu com isso, todas as dores do mundo.
Sentiu que quando ela tivesse triste, ele não estaria lá para abraçá-la.
Sentiu que quando ela sorrisse, ele não estaria lá para sorrir com ela.
Sentiu que quando ela precisasse, NÃO SERIA ELE QUE A AJUDARIA.
E ele resolveu desistir.
Desistir dela, porque talvez assim, ele conseguisse suprir o vazio que ela representaria, mas descobriu que não se pode simplesmente desistir de algo assim.
Tentou desistir de si mesmo, mas nem isso foi capaz de fazer.
Tentou desistir de pensar, mas como conseguiria se ela não saia de sua cabeça?
E por fim desistiu de viver, não no sentido literário da palavra, mas resolveu que sumiria, sumiria dela, e de todos.
E quem sabe em algum dia qualquer, num dia nada especial, possamos ver em forma de uma figura triste, esse garoto que mais uma vez vive preso dentro de seu mundo.
I LOVE YOU
DO YOU LOVE ME?
2 comentários:
Meninos que vivem em seu mundo, e não no mundo dos outros, se machucam, desistem mais fácil porque não sabem se adaptar.
I still love you...
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